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A invenção
da internet pelos militares, durante a Guerra, proporcionou
facilidade na comunicação entre pessoas de diferentes locais em um mesmo
instante de tempo. Contudo, com tal avanço tecnológico e a criação de redes
sociais, se tornou comumente a superexposição na web. Nesse sentido,
convém analisar as principais consequências dessa postura para a sociedade.
Vivemos em uma época em que tudo é compartilhado, em que o surgimento de sites e de plataformas de redes sociais abriram uma nova maneira de compartilhar todos os tipos de informações pessoais, a tal ponto que a divulgação de uma grande quantidade de detalhes pessoais na Internet passou a ter uma importância secundária para os usuários. Somos rodeados por redes sociais do Youtube ao Instagram, maior parte de nosso acesso à internet se passa nestas plataformas.
Um dos principais motivos de sucesso destas plataformas sociais é que o ambiente virtual tenta dar uma saída a um grande paradoxo do ser humano, entre o que somos e o eu ideal. A fórmula das redes sociais é convidativa, onde é estimulada a aceitação exterior, como as curtidas, por exemplo. A grande questão das redes sociais é a auto aceitação. Publicamos a maioria das coisas porque de fato queremos ser curtidos, queremos ser aceitos e mostrar para as pessoas o que vivemos.
E muitas pessoas usam a força digital para fazer o que acreditam ser o certo. O grande problema está no excesso, em busca da foto “perfeita” muitos se colocam em risco de morte. Entre outubro de 2011 e novembro de 2017, pelo menos 259 pessoas morreram tirando selfies em diferentes lugares no mundo, cinco vezes mais que os 50 mortos em ataques de tubarão, segundo a publicação indiana Journal of Family Medecine and Primary Care.
Quando você vai viajar qual a primeira coisa que você pesquisa sobre o destino? De acordo com pesquisa recente, o principal ponto de pesquisa são melhores pontos para tirar foto. Isso mostra que a “FOMO”(Fear of missing out), esta mais presentes do que imaginávamos em nossa vida, precisamos mostrar que nossa vida é tão incrível como a das outras pessoas. O FOMO foi citado pela primeira vez em 2000 por Dan Herman e definido anos depois por Andrew Przybylski e Patrick McGinnis como o medo de que outras pessoas tenham boas experiências que você não tem. Além disso, o receio incentiva a ficar sempre conectado para saber de tudo e compartilhar novidades com os outros.
As redes sociais ainda contam com outro ponto delicado, o cyberbullying que é basicamente o bullying em um ambiente virtual. Muitos se aproveitam de certo anonimato e atacam pessoas de formas muitas vezes muito duras, e infelizmente o cyberbullying tem o mesmo efeito negativo de sua versão presencial.
E bom sempre
lembrar que o problema não são as ferramentas (redes sociais), são
as pessoas. Não há nada de errado em usar o instagram ou qualquer
outro, o grande ponto é quando isso começa a afetar sua vida ou de outras
pessoas. Parafraseando as propagandas de bebidas “use com moderação”,
equilíbrio é a palavra-chave.
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