O minimalismo é o
novo movimento que tem ganhado bastante força nos últimos anos. De acordo com
os escritores Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, autores do documentário
Minimalism: A Documentary About the Important Things ("Minimalismo: um
documentário sobre as coisas que importam", em tradução livre), que
retrata a vida de pessoas que vivem apenas com o essencial, o minimalismo é um
comportamento que torna pessoas mais importantes que as coisas que elas têm.
A palavra
"minimalismo" surgiu de movimentos artísticos do século 20 que
seguiam como preceito o uso de poucos elementos visuais, e, aos poucos, foi
migrando para o campo do social. Enquanto expressão comportamental da
sociedade, o minimalismo é um reflexo de movimentos culturais anteriores, que
questionaram a sociedade de consumo e seus excessos. De forma geral o
minimalismo não é contra o capitalismo, é contra os excessos de consumo
ocorridos neste sistema.
Não existe um passo
a passo, uma receita que fará você se livrar de tudo o que é desnecessário da
sua vida. Até porque esse processo é muito pessoal e individual, ou seja, cabe
a cada um sabe o que é importante para
si mesmo. E esta mudança está diretamente ligada ao que cada um entende como
felicidade, como seu propósito. A característica do minimalismo está
inteiramente relacionada ao significado que as coisas, o ambiente e as pessoas
têm para você, para o seu bem-estar, para a sua saúde, para a sua felicidade,
para a sua vida.
Outro ponto que
merece destaque é o foco nas experiências e não as coisas. Você deve se lembrar-se
bem daquela viagem inesquecível feita há 3 ou 4 anos atrás, mas não deve dar a
mesma importância para o que você comprou no começo desse ano. Você pode se
sentir feliz na hora da compra, mas essa sensação dura muito menos do que
realizando algo como um mochilão, uma lua de mel inesquecível, uma viagem com
os amigos, visitar um restaurante, etc.
O minimalismo é uma
escolha, se você deseja comprar algo e não compra por falta de condições, não
se enquadra em um estilo minimalista, neste caso não se trata de uma escolha e
sim uma condição social. Deixando claro que neste caso anterior não se aplicam
os benefícios anteriormente citados. Isso é em grande parte da desigualdade que
atinge o mundo.
Respondendo o
titulo deste artigo, sim, é possível assumir esse modo de vida. Não existem
regras, cada um sabe o que é importante para si mesmo, o caminho é diminuir o
consumo em excesso e apostar em uma vida focada em experiências.
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