Apenas diga SHAZAM!

  

   Recentemente estreou em todo o mundo o mais novo filme do universo estendido (ou quase) da DC Comics. O filme foi extremamente bem recebido pela crítica, tendo alcançado 90% de aprovação no Rotten Tomatoes, que é um agregador de críticas bem reconhecido no mundo dos filmes. Mostrando que a DC está em “paz” com a mídia especializada, após alguns lançamentos que foram considerados controversos.
    O filme conta a história do jovem Billy Batson (Asher Angel), que entra em conflito com a lei enquanto procura por sua mãe biológica. Uma assistente social coloca Billy em uma família chefiada por Victor e Rosa Vazquez, que possuem cinco filhos adotivos: Mary, Pedro, Eugene, Darla e o novo colega de quarto do Billy, Freddy Freeman (Jack Dylan Grazer). 

  Billy recebe seus poderes do mago Shazam... E vou parar por aqui para não dar spoilers sobre o restante do enredo do filme. Não vou entrar em detalhes sobre a qualidade ou aspectos técnicos do filme, pois, essa não é minha intenção. Quero destacar alguns pontos que transformam Shazam em um filme diferente dos demais que temos neste extenso mercado de filmes baseados em HQ’s.
   Imagino que um número expressivo de crianças já sonharam em ter superpoderes, quem nunca imaginou como seria incrível ser um super-herói. O  filme consegue nos mostrar mesmo que de forma superficial o sentido da frase que todos os admiradores da cultura “pop” já escutaram: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, trecho citado pela primeira revista do Homem Aranha em 1962. Em vários momentos do filme e´ mostrado que ele diferente de outros heróis estava gostando de ter ganhado os superpoderes, ele se diverte e não tem peso algum em um primeiro momento,  usa em benefício próprio em algumas situações, e isso tem consequências imediatas na vida do Billy.
    O filme brinca com alguns “clichês” de filmes do gênero, Deadpoll já havia feito isso, mas era com outra proposta e para outro público. Nestas situações temos vários momentos de humor que conseguem arrancar boas risadas e com piadas bem simples. Esses fatos nos aproximam do Shazam, ele te faz imaginar como seria se fosse você no lugar dele, e consegue ganhar nossa empatia. Ele consegue tratar com leveza vários assuntos importantes e traz reflexões interessantes sobre família, amizades e vida da escola, por exemplo. E ao contrário do que muitos imaginam não é um filme infantil,  ele é extremamente leve e esperançoso.
  

  

     Billy não era perfeito, era um ser humano como eu ou você que está lendo esse texto.  O  filme retrata nas primeiras cenas que o mago buscou durante muito tempo a pessoa de coração puro, que seria a merecedora de receber todos os seus poderes. Billy não foi escolhido exatamente pelo coração puro em um primeiro momento, mas foi com certeza a melhor escolha.
  

Se ainda não assistiu ao filme, indico que o faça. Não espere pelo melhor filme de todos os tempos, mas te garanto que terá uma diversão leve que trará a boas sensações no fim .

“Todos temos um super-herói dentro de nós, basta um pouco de mágica para fazê-lo aparecer”